sábado, 26 de novembro de 2011

Exemplo de projetos social esportivo


O Projeto Surf na Escola é uma iniciativa inovadora que busca a cidadania e a inclusão social através do surf.

Destinado às crianças da rede pública de ensino de Garopaba (SC), o projeto inclui aulas práticas e teóricas de surf, atividades lúdicas e recreacionais, além da prática de esportes de praia à todas as crianças interessadas, desde que matriculadas nas escolas do município.

A missão do projeto é através do esporte, tirar as crianças das drogas, do crime e dos perigos que o ócio proporciona às crianças moradoras do município.

Mais de 300 crianças da região são atendidas todas as terças e quintas-feiras, das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas, sempre em frente à Escola de Surf Vento Sul, que fica localizada à rua das Amendoeiras, 1555, Morrinhos, Garopaba (SC).

Paraolimpiadas incluindo deficientes


De alguns anos para cá, um assunto muito em pauta é a inclusão social. Diversos grupos e organizações lutam há tempos para conseguir incluir pessoas com necessidades especiais em todas as áreas da sociedade e o esporte não fica fora disso, sendo este um dos meios que traz mais benefícios e possibilidades para pessoas com deficiências.


Nos próximos anos, veremos cada vez mais os esportes adaptados, pois serão realizadas as Paraolimpíadas que é um meio muito amplo desta inclusão destacando diversas modalidades entre elas o atletismo, basquete, bocha, ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa, tênis, tiro esportivo, vela e vôlei.


As Paraolimpíadas são essenciais, inclusive para colocar o esporte na agenda das pessoas deficientes. O esporte é, acima de tudo, uma das melhores formas de inclusão.


Corrida de rua reúne mais de mil atletas no Benedito Bentes


A última etapa do Circuito Popular de Corridas de Rua de Maceió, uma iniciativa da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel), reuniu mais de 1.300 atletas de todas as idades no último domingo (20), no bairro Benedito Bentes, onde os inscritos percorreram trajeto de 5 km, com largada e chegada na Praça Padre Cícero. Cristiano Gregório e Vera Lúcia Leite, que já trabalhou na extinta Cobel, campeões gerais no masculino e feminino, respectivamente, conquistaram a grande premiação da disputa: passagens de ída e volta para a tradicional Corrida de São Silvestre, em 31 de dezembro, em São Paulo.

A prova também teve, mais uma vez, seu viés social, já que mais de 1,6 mil quilos de alimentos foram arrecadados junto aos competidores - como pagamento da taxa de inscrição – que serão distribuídos à população mais carente do bairro no qual competiram.

Para o secretário Gustavo Toledo, o objetivo da Semel com a realização do Circuito foi alcançado: promover a inclusão social por meio do esporte. "Nós conseguimos reunir centenas de corredores de todas as idades, com o número de inscritos crescendo a cada etapa. Além disso, levamos a modalidade para os mais diversos bairros de Maceió, descentralizando nossas ações", comentou Toledo, sobre a competição também realizada no Village Campestre, Vergel do Lago, Pontal da Barra e Jacintinho.

Encerrada a quinta e última etapa, a Prefeitura de Maceió já trabalha para fortalecer ainda mais o circuito no ano que se aproxima, a fim de que a capital venha a ser palco de 12 provas em 2012, uma por mês.

"Conseguimos consolidar a corrida de rua em Maceió, disseminando a importância da regular a prática esportiva e melhorando a autoestima de pessoas que viviam consumidas pela ociosidade, quando não seduzidas pelo mundo das drogas", reforçou o secretário, destacando o papel ressocializador da competição, que também reuniu portadores de deficiência física



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

COPA DO MUNDO 2014 INCLUSÃO SOCIAL E SUSTENTABILIDADE


O principal legado que a Copa do Mundo de 2014 pode deixar ao Brasil é a oportunidade de unir inclusão social e sustentabilidade ambiental. O poder de mobilização do futebol no País pode ser utilizado para produzir mudanças de valores na sociedade, apostando na educação de crianças e adolescentes e induzindo a aceleração de processos sustentáveis nas áreas de resíduos, mudanças climática e valorização da biodiversidade.

Atletas pela Cidadania debate proposta de legado com ministro Aldo Rebelo


São Paulo – A organização Atletas pela Cidadania se reuniu com o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, nesta semana, em São Paulo, para apresentar as suas propostas para o legado social que megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem deixar para o País.

Representada por 20 de seus associados – Ana Moser, Raí Oliveira, Gustavo Borges, Magic Paula, Patrícia Medrado, Hortencia, Henrique Guimarães, Rogério Sampaio, Carmem Oliveira, Ricardo Vidal, Vanessa Menga, Pipoka e Zett, entre outros – além da sua diretora executiva Daniela Castro, a Atletas apresentou suas metas relacionadas ao aumento da prática da atividade física e do esporte de qualidade nas escolas.

O ministro demonstrou interesse nos objetivos da organização e se comprometeu a recebê-la mais uma vez, ainda este ano, para alinhar as metas e as expectativas do grupo às ações do governo federal. O resultado desses encontros deve ser apresentado para a presidenta Dilma Roussef em reunião com a Atletas. Em linhas gerais, as ações visam à promoção da transformação social pelo esporte, aproveitando os eventos globais que o país sediará nos próximos anos.

As principais metas são dobrar a freqüência de atividade física nas cidades sede da Copa entre 2014 e 2016 e de toda a população do país até 2022; e garantir a prática regular do esporte de qualidade em 80% das escolas públicas das cidades sedes da Copa do Mundo entre 2014 e 2016 e em 100% das escolas de todo o país até 2022.

Atletas pela Cidadania - A Atletas pela Cidadania é uma ação pioneira no mundo, que soma a imagem da vitória, o talento e o engajamento de atletas brasileiros, de diversas gerações e modalidades esportivas, em prol de uma causa comum. A organização sem fins lucrativos é composta por atletas, ex-atletas e outras importantes figuras da comunidade esportiva. Este grupo uniu esforços para chamar a atenção e mobilizar os cidadãos no apoio às causas sociais de relevância nacional, em projetos que contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. [www.atletaspelacidadania.org.br].


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

FUTEBOL EM BARES INTERAGINDO TORCEDORES


Todo torcedor de futebol que se preze, tem um boteco de estimação, onde assiste os jogos do clube do coração. Quem frequenta esse ambiente, sabe como há situações peculiares, e interessantes, próprias do lugar.
Pensando nisto, o antropólogo Édison Gastaldo, no artigo aqui exposto, analisou como se davam as interações sociais em bares de Porto Alegre, onde eram transmitidas as partidas de futebol. Segundo o estudioso, partiu-se neste estudo da idéia de sociabilidade(entendida como um jogo da vida social), através da qual os indivíduos interagem, mas de forma lúdica: o autor busca no seu estudo, analisar como ela se dá no ambiente de bares, onde são transmitidas partidas de futebol, e onde predominam relações sociais do gênero masculino(já que no seu campo de estudo, estes ambientes eram frequentados sobretudo por homens). 
A participação em jogos e desafios seria um traço característico do papel de gênero masculino nas mais diversas culturas. No universo do futebol, nos bares, essa relação se traduziria numa “ relação jocosa futebolística”, onde existe uma espécie de regra que permite a “tiração de sarro” mútua entre, por exemplo, indivíduos de agremiações diferentes e até rivais, sem contudo ultrapassar o terreno da brincadeira. O futebol figuraria assim, para o povo brasileiro, como um espaço rico de interação social e sociabilidade masculina. Os torcedores geralmente se organizariam nesses bares em mesas, tendo como foco central a televisão. Esses torcedores manifestariam seu clubismo com roupas e acessórios, valendo a regra de que todo o fato ocorrido durante a partida seria interpretada pelo "código da rivalidade clubística", e dessa forma, estando o torcedor sujeito aos fatos do jogo. “Estar no bar”, significa desta forma, "coisa de homem mais 'homem' " já que se expõem desta forma a suportar uma possível zombaria; diferente idéia se faz do sujeito que “fica em casa” ( um lugar feminino que remete á proteção).  Durante o jogo seriam comuns os desafios verbais entre os torcedores, através de comentário no bar, seguindo o que se passa na partida. Nesses comentários são comuns as desqualificações do sujeito alcoólatra(ex, o jogador "manguaça"), efeminado(bicha), pois seriam modelos distantes do ideal do “macho”. Seriam também comuns provocações verbais, ou mesmo dramatizadas entre rivais torcedores (ex. colocar o ventilador em frente a TV para “secar” o adversário),mas sempre dentro do limite da interação jocosa, num terreno onde apesar de "não dito" se aceita um nível de "tiração de sarro" mútua, sem atingir o self do outro indivíduo.

GASTALDO, Édison. “O Complô da torcida”: Futebol e Performance masculina em bares.

Link do artigo na íntegra:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832005000200006&script=sci_arttext