sábado, 22 de outubro de 2011

Ministro do Esporte comanda desvio de verba que iria para crianças carentes, diz revista


O ministro do Esporte, Orlando Silva, é o mentor e principal beneficiário de um esquema de corrupção que pode ter desviado mais de R$ 40 milhões de um programa que beneficiaria crianças carentes em todo o Brasil, afirma a revista Veja em sua edição desta semana.
Segundo a publicação, que entrevistou um militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) preso no ano passado por suposta participação no esquema, Silva chegou a receber, em uma garagem de Brasília (DF), dinheiro vivo desviado do programa Segundo Tempo - que incentiva a prática de esporte entre crianças pobres.
O esquema, segundo a Veja, ocorre há pelo menos oito anos e envolve ONGs que, em troca do dinheiro recebido do governo, seriam obrigadas a passar parte dos valores ao PCdoB, que utilizaria a verba irregular em suas campanhas eleitorais.
As revelações feitas pela revista têm como base a entrevista do militante do PCdoB e policial militar João Dias Ferreira, que foi preso pela Polícia Federal no ano passado e controlava duas das associações que recebiam recursos federais.
Segundo Ferreira, as ONGs beneficiadas pelo programa Segundo Tempo só recebiam os recursos se repassassem uma "comissão" de até 20% a representantes do partido do ministro do Esporte.
Questionado por Veja, o policial militar disse que soube, por meio de um dos participantes do esquema, que o próprio Silva recebeu - quando ainda era secretário executivo do Ministério do Esporte - parte dos recursos desviados, em dinheiro vivo. Os valores teriam sido utilizados na campanha presidencial de 2006.
- Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem [do Ministério do Esporte].
Na entrevista, Ferreira diz que o desvio de dinheiro destinado a crianças carentes começou quando Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal, era ministro do Esporte. Segundo Veja, a Polícia Federal descobriu que parte da verba seguia para entidades ligadas ao político.
Célio Soares Pereira, que segundo a revista era "uma espécie de faz-tudo, de motorista a mensageiro", seria o responsável por controlar a arrecadação junto às ONGs e repassar o dinheiro ao PCdoB.
Pereira diz a Veja que, além da ocasião em que repassou dinheiro ao atual ministro do Esporte, esteve "pelo menos outras quatro vezes na garagem do ministério para levar dinheiro".
- Nessas vezes, o dinheiro foi entregue a outras pessoas. Uma delas era o motorista do ministro.
O "faz tudo" diz a Veja que, em 2008, entregou pessoalmente a Silva, dentro de uma caixa de papelão, maços de dinheiro desviado.
- Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de R$ 50 e R$ 100.



INFELIZMENTE ATE EM PROJETOS SOCIAIS DE ESPORTE PARA CRIANÇAS CARENTES ESTES POLITICOS CORRUPTOS NÃO TEM VERGONHA DE METEREM A MÃO.


Psicologia do Esporte em projetos sociais


A Psicologia do Esporte é um campo de atuação da Ed. Física que, talvez seja menos conhecido do que os demais. Este campo de atuação tem grande presença em projetos sociais.
O psicólogo do esporte que atua em projetos sociais tem características muito peculiares, que o diferem do profissional de Ed. Física que trabalha com performance, ou diretamente com atividades esportivas. Há uma diferença entre eles na visão sobre o que é o esporte.
Existem inúmeros projetos sociais que atuam com crianças e jovens de baixa renda e que tem como instrumento o esporte. Mas quais são os objetivos desses projetos ao trabalhar com esporte?

Com certeza o objetivo de muitos desses projetos não é revelar talentos esportivos, então resta mais uma pergunta: O que faz um psicólogo de esporte num projeto como esse se o objetivo não é desenvolver atletas?
Os projetos sociais, em sua maioria, têm como objetivo trabalho com enfoque no desenvolvimento da Educação e cidadania, e o esporte é um poderoso instrumento para esse trabalho. Através de atividades coletivas pode-se desenvolver o espírito de equipe e o respeito aos limites, tanto de si quanto dos outros.
Com esportes individuais, como o atletismo, não é diferente. Podemos desenvolver a percepção das regras, o respeito para com os outros, o conhecimento de suas capacidades corporais e intelectuais. Ou seja, o esporte é capaz de desenvolver não só o físico, mas também as capacidades afetivas, cognitivas e cívicas.
É possível desenvolver capacidades afetivas, pois, através do esporte podemos ajudar as crianças a entender as vitórias e aprender com as frustrações. Cognitivas, pois se pode desenvolver o raciocínio lógico quando a criança começa a perceber, pelo próprio corpo, os batimentos cardíacos, o tempo desenvolvido numa corrida, o cansaço o descanso e as relações que há entre esses elementos. O raciocínio abstrato também é desenvolvido quando a criança pode perceber uma relação entre espaço percorrido, tempo, e intensidade do exercício.
Também é possível desenvolverem-se capacidades Cívicas, pois não há esportes sem regras, e assimilar a função das regras é entender o porquê delas existirem, possibilitar que o convívio seja harmonioso e construtivo também é possível entender que praticar um esporte não é eliminar um ao outro, mas participar de uma atividade prazerosa e partilhar uma linguagem comum aos seus praticantes, respeitar as diferenças e entender os semelhantes.
O esporte é um rico meio de desenvolver um projeto educacional, e o psicólogo do esporte é quem vai articular todas as três capacidades tornando significativa a prática esportiva para que esse projeto se realize.
Através de modificações de regras, criação e elaboração de jogos cooperativos, re-significações e discussões de situações de perdas ou ganhos o psicólogo do esporte, juntamente de uma equipe multidisciplinar, na qual necessariamente estarão presentes um pedagogo e um educador físico, torna o esporte um instrumento de apoio para a educação.
Existem muitos Projetos Sociais que atuam através do esporte, fica nesse post um apelo: não deixem de ajuda-los, todos que através do esporte, lutam para diminuir (seria melhor dizer, extinguir) a violência a que são submetidas muitas de nossas crianças, lutam para que essas crianças não venham a ser adultos violentos, lutam para que através do esporte e pela Educação desenvolva-se o respeito por todos aqueles que nos cercam.
E não devemos esquecer também que o esporte pode ser uma profissão, e tornar essa condição possível é aumentar o repertório de escolhas dessa criança.

Projetos sociais no esporte


O esporte oferece oportunidades de desenvolvimento e integração social para todos os cidadãos, buscando fortalecer a cultura de solidariedade entre os membros de nossa sociedade. Esses projetos tem como objetivo desenvolver programas utilizando o esporte como estratégia de desenvolvimento pessoal, educacional e social de crianças e adolescentes, buscando sua plena inclusão social.